Nossos países
Uma coisa é certa: assim como não é necessário o mesmo aquecimento em Bragança ou em Faro, e assim como a venda de edredões é maior na zona da Guarda no que na costa algarvia, e as casas, no verão, aquecem mais no Alentejo do que na costa litoral norte, também escolher uma cobertura para uma zona climática ou para outra, não é a mesma coisa.
Cada edifício tem necessidades distintas que nos fazem escolher a cobertura mais apropriada (cobertura plana ou inclinada, transitável ou não transitável, ajardinada, etc) e na hora de fazer esta escolha temos de ter em conta que, segundo a zona climática onde vivemos, as necessidades irão ser distintas.
Este é um tema de puro senso comum, assim como termos que cumprir com a lei vigente no nosso país. As normas de projeto e instalação de coberturas com telhas definem os critérios mínimos que devem ser cumpridos em relação ao consumo energético, ao risco de condensações e a pendente mínima básica. Para isso estabelece zonas climáticas que determinam estes valores.
Normalmente entendemos por zona climática uma extensão do território que apresenta um clima predominante, determinado pela sua temperatura, precipitação, vento, vegetação, relevo, etc.
No entanto, o conceito é mais técnico e detalhado do que se pensa. A Adene – Agência para a Energia, entidade que tem como missão as questões relacionadas com a eficiência energética, introduziu o conceito de “Zonas Climáticas”, estabelecendo que aquelas são determinadas em função da localidade do edifício e a diferença de altitude entre esta e a altitude de referência da capital de distrito. Existem três zonas, identificadas por I, II e III, sendo a I a mais quente e a III a mais fria.
Cada uma destas zonas tem exigências de isolamento específicas para a cobertura (o mesmo se aplicando a fachadas e solo) as quais, por seu turno, são também distintas caso se trate de uma obra nova ou reabilitação.
Os especialistas recomendam que, na construção ou substituição de uma cobertura inclinada, há que prestar atenção aos seguintes aspetos:
A nova cobertura deve cumprir com as exigências de isolamento vigentes para cada zona climática e tem de ser totalmente estanque ao vento e á água.
Se vive numa zona fria e chuvosa, terá de estar muito atento à ordem e às corretas prestações das capas e elementos da cobertura, para evitar condensações.
E se vive numa zona quente, outro requisito a ter em conta é a instalação de um sistema de cobertura ventilada subtelha, de forma a melhorar as prestações do conforto térmico. Desta forma, dissipa-se o calor sob a telha e aumenta a durabilidade dos materiais, evitando a acumulação de humidade.
Em todas as zonas, mas especialmente naquelas em que ocorre muita precipitação, há que ter em conta os elementos adequados para uma correta e completa impermeabilização, ainda mais crítica em pendentes baixas e em alguns pontos singulares da cobertura.
Como base fundamental para uma instalação correta, eficaz e em conformidade, independentemente da Zona Climática, é necessário garantir que cada produto ou material cumpre com os critérios aplicáveis. Nesse sentido, nada como contar com aconselhamento profissional na hora de escolher os melhores sistemas para a cobertura.