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Para cumprir com este padrão é necessário ter em conta critérios de eficiência energética desde o início do projeto. Nesta linha trabalhámos com o estúdio Arquitectura Positive livings para conseguir uma vivenda de 430m2, em que, desde o início do projeto, procurou-se uma sinergia entre a estética contemporânea e o padrão PassivHaus, conseguindo como resultado uma vivenda sonhada pelos proprietários e o conforto e a eficiência atingida com o design do edifício, de consumo quase nulo.
A eficiência energética é um dos aspectos fundamentais no design desta casa.
Procurou-se um volume compacto onde a orientação e abertura de vãos e linhas arquitectónicas sejam bem pensadas, conseguindo captação máxima da radiação solar no Inverno e mínima no Verão. Assim, foi alcançada uma exigência de aquecimento de 2,19 kw/h.m2 ano e uma exigência de arrefecimento de 8,5 kw/h.m2 ano.
Fases do projeto:
Alicerces: É executada mediante sapatas corridas sobre as quais se apoia uma laje de betão. A referida fundação e laje térrea são revestidas por uma camada dupla, impermeabilizante e isolamento térmico.
Isolamento térmico: optou-se por lâminas de poliestireno extrudido de 10cm cada uma, que envolve as sapatas e laje de soleira isolando completamente a base da casa do solo envolvente
Parede estrutural: a madeira, como acabamento natural e sustentável, é a protagonista dos sistemas estruturais da casa optando-se pela evolução da parede portante tradicional com o sistema de madeira CLT.
Realizado o apoio da vivenda, coloca-se o elemento de junção entre esta e as paredes de suporte. São ripas de madeira, de larguras várias (10-12cm) e 10cm de altura, colocadas sobre uma faixa de neoprene e protegidos na sua parte inferior por uma cinta impermeabilizante que envolve as ripas. A estanqueidade entre as ripas e a laje térrea é resolvida com fitas de vedação para cimento, argamassa e madeira.
Estrutura: começa com as paredes de suporte do piso térreo. São fixadas à laje por meio de peças metálicas, com o auxílio de amarração nas vigas, até à união definitiva com a laje do piso superior, sendo o acabamento final a laje de cobertura e utilizando madeira laminada colada GL24h nos restantes elementos estruturais.
Cobertura: é constituída por uma laje CLT de 16cm rematada por uma proteção do mesmo material e desenvolvida por um sistema estrutural de diferentes camadas, a partir de uma barreira de vapor, e um isolamento térmico de poliestireno extruido de 10cm sobre o qual são realizadas as caídas da cobertura com declives de cimento e rematadas por impermeabilização autoprotegida, para atingir um m coeficiente de transmissão térmica de U = 0,102 W/(m2.K).
Janelas: São ancoradas diretamente na parede, estando perfeitamente embutidas nos orifícios, que têm um tratamento especial no sistema. Isto é feito por meio de uma cinta, que é colocada, comprimida, junto à carpintaria e alarga-se até 2 cm cobrindo o orifício de instalação. A faixa possui uma impermeabilização na parte externa que impede a entrada de água pela junta. Após a selagem, a união da carpintaria às fachadas será vedada com fitas de vedação
Paredes: há uma combinação de paredes de madeira exposta e folheada com gesso cartonado. Esta combinação é uma solução estética e funcional, permitindo ocultar a passagem das instalações que servem a casa. A qual dispõe de sistema de ar condicionado por meio de sistema aerotérmico gerador de energia, para água quente sanitária e um chão radiante refrescante.
Conforto e qualidade do ar: garantidos por sistema de ventilação mecânica controlada por duplo fluxo e recuperação de calor, alcançando um valor de 0,29 renovações de ar por hora.
Envolvente exterior: É colocado um isolamento colado ao CLT de 20 cm de espessura de EPS grafitado, preso por pinos de reforço e coberto por uma malha de argamassa de acabamento a ser posteriormente pintado. Este isolamento inicia-se no topo de um rodapé em XPS que tem uma altura de 30 cm e uma espessura de 18 cm. A mudança de material entre a fachada e o rodapé deve-se à diferença de dureza entre os dois, sendo o EPS macio e o XPS, colocado nessa posição, resistente a absorver possíveis golpes.
O grupo BMI group, colaborou na impermeabilização da cobertura desde o início do projeto. Uma vez estudadas as necessidades apresentadas no estudo arquitectónico, o departamento de estudo prestou o suporte técnico e os detalhes necessários, para a assessoria e resolução do sistema de construção e impermeabilização da cobertura.
Após a análise das ditas necessidades e avaliar os elevados padrões de qualidade e eficiência que o projeto exigia para cumprir a norma Passivhaus, decidiu-se recomendar um dos sistemas com mais benefícios que existem no mercado de impermeabilizações, a lâmina autoprotegida NOX ACTIV, composta por betume elastómero SBS com reforço de poliéster, com acabamento em grânulo de cerâmica branca e descontaminante por fotocatálise. Graças à contribuição dos catalisadores no seu processo de fabrico, ocorre uma reação química na presença dos raios ultravioleta, que oxidam o NOx do meio ambiente até à sua decomposição.
A instalação foi realizada por uma equipa de instaladores homologados da BMI, conseguindo um acabamento final de extrema limpeza e estética, com grande durabilidade e baixa manutenção.
Neste acabamento NOx ACTIV, é instalado um sistema de captação solar através de 14 painéis fotovoltaicos, aumentando a utilização de energias renováveis para uma maior poupança no consumo de energia.
Com todas essas premissas e decisões de projeto, criou-se esta vivenda auto-suficiente, alcançando uma construção mais sustentável e eficiente com baixa exigência de energia.