Nossos países
No dia 5 de março, celebra-se o Dia Mundial da Eficiência Energética. Uma data que comemoramos para recordar a importância de atuar com critérios que priorizam a economia de energia e a diminuição de emissões poluentes para a atmosfera.
Cada um de nós pode fazer pequenos gestos para melhorar a eficiência energética das nossas casas ou escritórios, desde, não colocar o aquecimento muito alto e até não deixar as luzes acesas, ou deixar os aparelhos eletrónicos que não estamos a utilizar ligados.
No entanto, os esforços individuais, embora sejam importantíssimos, não são suficientes para que a eficiência energética seja a arma mais importante frente às mudanças climáticas.
Não estamos a falar apenas da indústria ou do transporte. Por si só, os edifícios (casas, hospitais, escritórios, centros comerciais) consomem 35% do total da energia e emitem uma quantidade de poluentes.
Para evitar que o setor seja o grande sumidouro de energia só há uma solução: o fomento da reabilitação energética de edifícios com critérios de eficiência e sustentabilidade.
Para isso, podemos verificar como o governo está a executar Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) 2021-2030, que pretende promover a descarbonização da economia e transição energética, visando a neutralidade carbónica em 2050. O plano segue um modelo democrático, de forma que as metas foram adaptadas ao território português, com o intuito de que sejam alcançáveis e de potencializar a geração de riqueza e o uso eficiente de recursos.
Até 2030, estão previstos a redução dos gases GEE entre 45% e 55%, o aumento da eficiência energética em 35% e que 47% da energia utilizada no país seja proveniente de fontes renováveis.
Além disso, o PNEC 2030 define metas por setor para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Em comparação com os dados de 2005, as quantidades de cada setor correspondem a:
70 % no setor dos serviços;
35 % no setor residencial;
40 % no setor dos transportes;
11 % no setor da agricultura;
30 % no setor dos resíduos e águas residuais
O PNIEC também inclui o plano Casa Eficiente 2020, que “visa conceder empréstimo em condições favoráveis a operações que promovam a melhoria do desempenho ambiental dos edifícios de habitação particular, com especial foco na eficiência energética e hídrica, bem como na gestão dos resíduos urbanos”. O Programa foi promovido pelo Estado Português e dinamizado pela CPCI (Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário). A sua execução contou com o apoio técnico da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), da EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres) e da ADENE (Agência para a Energia). Até agora, o valor disponibilizado para o projeto foi de 200 milhões de euros, entre 2018 e 2021.
Após a finalização da implementação da Casa Eficiente 2020, os resultados esperados eram melhoria da eficiência energética do parque habitacional, promoção da utilização de energias renováveis, melhoria da eficiência hídrica, optimização da gestão de resíduos sólidos urbanos, remoção de materiais prejudiciais à saúde e ao ambiente, aumento da qualidade do edificado e a sua habitabilidade, além de estímulos de comportamentos ambientalmente sustentáveis. Desde uma perspectiva econômica, o plano teve os objetivos de dinamizar a construção civil, promover toda a fileira da construção e gerar empregos diretos e indiretos.
Com isto em mente, para 2030, o foco a seguir é a promoção de edifícios com necessidades quase nulas de energia, conhecidos por NZEB. Desta forma, a energia utilizada deve ser produzida no local ou nas proximidades. Além de reabilitar as construções já existentes, o governo prevê um estímulo para o desenvolvimento de novos edifícios NZEB.
Desta forma, deve-se dar uma enorme importância aos investimentos na camada térmica de fachadas, coberturas e partes exteriores de qualquer construção . É necessário lembrar-se que a redução da procura térmica deve ser abordada em primeiro lugar, para evitar o superdimensionamento dos equipamentos de aquecimento e/ou climatização, que devem atender a essa procura.
Na BMI, nós juntamos-nos à celebração deste Dia Mundial da Eficiência Energética e comprometemo-nos a continuar a impulsionar sistemas e soluções que ajudem a melhorar a eficiência energética das coberturas, assim como ajudas e subvenções para a sua substituição ou reabilitação.